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domingo, 27 de dezembro de 2009

Jorge Palma

Dedico esta música a todos que me têm ajudado nos últimos tempos, a ultrapassar momentos complicados e difíceis da minha vida, para todos vós o meu muito obrigado. Sei que não é fácil, sei que ter de me suportar e entender não é para qualquer um. Tenho por natureza uma forma de estar na vida, que nem sempre é entendida, sei disso. No entanto quero deixar aqui uma palavra de agradecimento. Por vezes sou incompreendido, mas a culpa também não morreu solteira. Terei de ser eu, apenas eu, a ultrapassar os meus desencantos, a promover a minha felicidade.
Não vou esmiuçar seja o que for, não estou em estado de o fazer, nem estou aqui para culpar seja quem for. Como no futebol e como qualquer treinador que se preza, assumo por inteiro os maus resultados da equipa. Sei apenas que toda a minha vida no futuro depende apenas de mim. Só eu tenho a solução, mas ainda não a encontrei. Pelo facto peço mais uma vez as minhas desculpas. Para vocês que estão no dia-a-dia comigo, no lar que também é meu, quero transmitir-vos que estarei sempre do vosso lado independentemente dos erros do passado, independentemente de quem os cometeu. Passado é passado. O presente e o futuro estão em 1º lugar. Não quero ajuda, não quero incomodar, quero ser eu a resolver os meus fantasmas. No entanto, obrigado mesmo assim. Quero aqui também, e com a transparência a que me habituei, dar uma palavra de agradecimento a quem me estima e me tem amizade, pois por vezes, nem sempre há a compreensão devida ao trabalho, que está a ser feito por algumas pessoas das minhas amizades.
Se alguma vez tomei atitudes que são incompreensíveis, para quem mais de perto priva comigo (familia), só eu posso ser julgado, apesar de saber que as mesmas (as minhas), por vezes são difíceis de aceitar. Tenho reflectido muito nos últimos tempos, tenho cometido erros, se é que são erros, que voltaria a cometer, pois na minha concepção de vida, não os considero como tais. Passei a barreira dos 50`s, sou um homem mais maduro, mudei muito a minha maneira de ver a vida. Ao ser assim, sinto que passei a ser incompreendido, que as pessoas por vezes não me reconhecem. Eu era e sempre fui um menino mimado, passava por vezes ao lado de ideais que defendia, mas que nem sempre punha em prática. Tenho necessidade, tenho a obrigação perante mim próprio de dar algo daquilo em que acredito. Sem isso sinto que a vida pouco vale. Vou ter de tomar opções muito em breve ou a médio prazo. Vou reflectir mais uns tempos e vocês que privam comigo e que são uma das minhas razões de viver, serão os primeiros a tomar conhecimento das minhas decisões. Não vos quero prejudicar, quero que tenham uma vida como merecem, com paz, amor e estabilidade. Adorava assistir um dia ao nascimento dos meus netos, levá-los pela mão a passear, como o meu avô me fazia. Penso que não chegarei a gozar esses momentos tão belos de avô babado. Que saudade....Estou a imaginá-lo como se fosse hoje, não me saiem da cabeça essas imagens. Adorei o meu avô, só eu sei o quanto ainda sinto falta dele. Se ele fosse vivo, tenho a certeza absoluta que ultrapassaria mais fácilmente o que estou a passar, não tenho dúvidas disso. Existiram mais duas pessoas na minha vida, que me marcaram muito, um deles era meu tio, a outra era um grande amigo que já faleceu. Mas a vida é mesmo assim, e com eles já não me posso aconselhar, infelizmente. Neste momento, e sem menosprezar seja quem for, pois tenho orgulho na familia e nas poucas amizades que tenho, sinto-me inclusivamente honrado, pois são poucos que se podem gabar disso.
Para acabar só queria acrescentar uma pequena frase que de todos é conhecida:
"Quem nunca errou, que atire a primeira pedra".
Deixemo-nos de julgamentos errados, deixemo-nos de atirar pedras sem sentido e para tudo quanto é sitio. Haja algum respeito, mesmo que não se goste, pela minha pessoa. Faça-se uma reflexão de vida, e contem as pedras que têm na mão. Atirem-nas agora, pois é o momento ideal. Eu assumirei as feridas, sem me tornar vitima.
Vou acabar como comecei, esta música é para todos vós que me são queridos, tanto familia como amigos.
Para todos vós um até breve.
c.m.

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