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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Estão tentando, mas não vou deixar! Lutarei para sobreviver!

Este blog, este "meu cantinho", como eu lhe chamava com algum carinho, está adormecido como o seu autor, já lá vai para uns largos meses que pouco ou nada escrevo. Foram diversos os motivos que originaram essa situação, mais por culpa externa, do que da minha pessoa, embora sinta que podia ter lutado mais contra a minha falta de vontade. Fraquejei quando devia ter lutado, tentava levantar-me e por vezes conseguia, noutras não. Sentia-me de mal com a vida, cheguei a rejeitar ajudas sem o dar a entender. Felizmente ainda tenho gente amiga, que apesar do meu isolamento não me abandonou. Podiam tê-lo feito, estavam no seu direito, mas respeitaram o facto de ser assim, de me meter na minha "redoma", quando me sinto em baixo. É um defeito que tenho, mas...sou assim mesmo. Nem sempre a vida nos é favorável, uns aguentam melhor que outros, respeito a forma de estar de cada qual, assim como gosto que me respeitem no mesmo sentido. Mas seria injusto para muita gente, se dissesse que não têm honrado a minha privacidade, não tenho nada de negativo a comentar sobre quem me rodeia, tanto familia mais chegada, como também as poucas amizades que honram a verdadeira acepção da palavra "amigo/a".
Hoje deu-me um click, para escrever umas linhas, já sentia falta. O titulo deste texto, tem muito a ver com essa minha vontade. E porquê? Porque tenho andado numa luta constante. Como se diz no futebol " tenho sofrido golos contra a corrente do jogo". Por melhor que tente jogar, por melhor táctica que tente adoptar, os resultados não aparecem. Será dos adversários, será do treinador ou daquele que dá o litro no campo do jogo? Poderão ser muitos factores, mas cada vez acredito mais que a luta é muito desigual, é quase como, voltando ao futebol, uma luta contra o capital, contra o poder instalado que é controlado por meia dúzia de equipas com orçamentos fabulosos. Sinto-me um pouco assim, por muito que treine e dê o meu melhor, existem sempre forças ocultas, mas reais, que tiram proveito das minhas fraquezas e instabilidade. Forças essas que jogam com os sentimentos do mais fraco. Que desprezam e ignoram a existência de quem os ajudou e ajuda, com a força do seu trabalho, para que haja a possibilidade de uma coexistência em uníssono. Para que o mais fraco tenha direito a uma vida melhor.
Mas não é isto que se passa nos nossos dias. Somos cada vez mais controlados, tanto na vida profissional como fora dela. Entram-nos portas dentro sem pedirem licença, e manipulam como querem as nossas vidas com chantagens emocionais e financeiras, que nos impossibilitam de retorquir. e tomar atitudes para que haja mais justiça, sabendo que qualquer acção se torna nula, quando essas chantagens colocam em risco a própria sobrevivência, e obviamente a da própria familia.
Nestes últimos meses, tive de recorrer à ajuda da medicina para ir tentando aguentar da melhor forma, o meu estado de saúde. Tentei durante algum tempo resistir, mas acabei por ceder. Não estou nada arrependido, pois tive a sorte de encontrar a pessoa certa, que me entendeu, me estudou e principalmente nãp me encharcou de medicamentos. Pôs-se em prática um plano que me manteve activo, o que foi óptimo, se considerarmos o desumanismo existente no nosso dia-a-dia nas empresas e não só. Tiraram-me algumas coisas, tiraram-me o prazer de viver, a alegria de assistir a um espectáculo, tiraram-me a vontade de sorrir, não me tiram, porque não vou deixar, a vontade de sonhar e de pensar.
Hoje sinto que estou melhor, aguento com mais facilidade os problemas que me surgem, apesar de por vezes me ir abaixo. No entanto, consigo recuperar com mais facilidade e encarar com mais facilidade, situações de extrema injustiça e gravidade. O facto de perder alguns rendimentos de trabalho, mexeu comigo, como mexeria com qualquer individuo que vive do seu trabalho. A injustiça impera neste país, onde se assiste com frequência a individuos altamente bem pagos, e cujos subsidios mensais (não estou a referir-me a vencimento) ultrapassam de longe, o rendimento anual de uma familia normal da classe média (se é que ainda existe). Sinto revolta, sinto-me injustiçado, sinto-me um número nas mãos desta gente. Pedem-nos sacrificios, que se produza mais, que se reduzam os custos , e ao mesmo tempo assiste-se a gestores e não só, a receberem indemnizações e reformas fabulosas, por meia dúzia de anos de trabalho. Carros topos de gama são colocados à sua disposição, e muitas outras benesses inimagináveis para qualquer ser humano normal . Altos vencimentos e custos com meia dúzia de administradores, chegam a ultrapassar os custos com alguns milhares de trabalhadores da mesma empresa.
Aumentos na ordem dos 80% de um ano para o outro, quando se dá aumentos ridiculos abaixo de 1% aos "escravos". Muito mais poderia estar aqui a falar, porque este é um tema, que merecia uma maior cobertura na comunicação social, se a mesma fosse isenta. Que alguém de coragem comece a investigar pois este tema bem o merece. O Povo está a ficar farto de injustiças, e mais dia menos dia o copo enche e transborda. Tomara que esse dia esteja próximo, já chega!
Pela parte que me cabe, estão tentando, mas não vou deixar. Reacções não as posso ter por defesa da minha familia, mas não vou deixar que me deitem abaixo.
(fish)

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